Teorizando sobre Geobox

Tivemos a oportunidade de apresentar as bases teóricas que fundamentam Geobox no III Encontro Nacional sobre Hipertexto, realizado pelo Cefet MG.

Através do artigo a seguir, "GEOBOX: Uma proposta de cibernarrativas nos atravessamentos dos fluxos urbanos", procuramos traduzir a preocupação de Geobox em desvendar a relação entre tempo e espaço tensionada pelas caixinhas espalhadas pela cidade:

Artigo to TAVARES e ROCHA

Para nos fundamentar conceitualmente, buscamos Lemos para ancorar a discussão de mídias locativas; Ricoeur é responsável por trazer a visão das mimeses, do tríplice presente e Santos por contribuir com a lógica da autoria compartilhada, todos estes conceitos aplicados por Falci e Jardim no desenrolar das cibernarrativas. A maioria destas referências estão listadas em posts anteriores aqui do blog. Porém, na apresentação a seguir, disponibilizamos também estas referências (de forma mais sucinta) e traduzimos um pouco a ideia de GEOBOX:

GEOBOX

View more documents from Gabriela Jardim.

Urban Cursor - Arte com GPS

Imagine andar pela cidade e no meio da praça encontrar um cursor de mouse gigante, que você pudesse movimentar livremente? Bom, essa oportunidade foi dada a todos da cidade de Figueres, na Catalunha (Espanha). E o responsável por promover esta experiência foi Sebastian Campion, através da obra Urban Cursor.

As pessoas movimentaram o cursor pela cidade do dia 23 a 27 de Setembro de 2009, durante o festival cultural Ingrávid. Através de um GPS embutido, o cursor enviava a um banco de dados as coordenadas geográficas de onde estava e, com isso, ia escrevendo uma narrativa física no ambiente da cidade, como pode ser visto na imagem abaixo:

Durante o evento, aqueles que viram o cursor pela cidade, podiam enviar fotos para o site. As fotos eram automaticamente indexadas ao local no mapa, encontrando a narrativa do GPS com a narrativa das fotos. O que GEOBOX propõe também. A diferença é que, além de imagens, GEOBOX permite a inserção de tags, tornando a experiência ainda mais colaborativa e rica de perspectivas pessoais dos espaços físicos.

De qualquer forma, é muito interessante ver um projeto, com a mesma ideia de geolocalização e de mídia locativa que está em GEOBOX, ser aplicado e fazer tanto sucesso! Mais uma comprovação de que GEOBOX tem grandes chances de viralizar e promover essa experimentação estética dos sub-mundos invísiveis que estão presente nos mais diversos fluxos das cidades.

Este post é originado de uma dica do Daniel Negrão e de uma matéria no G1.

ABRAM-ME ALICES!

GEOBOX tem uma conexão direta com o livro Alice no País das Maravilhas. Através de seu nonsense clássico, Lewis Carroll conseguiu, neste livro, realçar um mundo invisível para a pequena Alice. O que GEOBOX propõe é praticamente o mesmo: realçar os fluxos "invisíveis" da cidade a todos que nela vivem! A lógica é de conhecimento e relação com este sub-mundo das cidades.

O lançamento de um Alice "2.0", de Tim Burton, para o ano de 2010, se traduz como mais uma reflexão sobre esta referência de GEOBOX. Aqui, Burton traz uma Alice adolescente, na contemporaneidade, como pode ser visto no vídeo a seguir:

O importante aqui é traduzir o mistério do sub-mundo em curiosidade. Este é o objetivo de GEOBOX. Por isso, sejamos todos "Alices". Basta abrir a GEOBOX e entrar nessa narrativa colaborativa, onde, mais importante que o final da história, é o seu durante. Sejam bem-vindos à GEOBOX!

GEOREFERÊNCIAS

Aqui, vamos disponibilizar alguns artigos no qual GEOBOX se ancora conceitualmente!

Se você tiver alguma sugestão, mande para a gente: projetogeobox@gmail.com

BEZERRA, R. C. F. M. Utilizando o conceito de localização em jogos móveis. Pesquisa de conclusão de curso de graduação em Ciência da Computação, na Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.


CIPRIANO, Lúcia Helena Melo. O uso profissional do telefone celular: Como estão a vida e o trabalho após a chegada dessa nova tecnologia. Dissertação de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUC-Rio. Fevereiro, 2007

FALCI, Carlos.; JARDIM, Gabriela. Configurações das cibernarrativas a partir do conceito de imersão. Apresentação, América do Sul, 1 5 02 2008.

FIGUÊIREDO, Divino Cristino. Curso Básico de GPS. Setembro, 2005.

LEMOS, André. Mídia Locativa e Territórios Informacionais. In: (Orgs.) ARANTES, Priscila e SANTAELLA, Lúcia. Estéticas Tecnológicas”, Ed. PUC/SP, 2007. 

LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In: (Orgs.) CUNHA, Paulo e LEMOS, André. Olhares sobre a cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2003.

SANTOS, Alckmar Luiz dos. Leituras de nós: ciberespaço e literatura. São Paulo: Itaú Cultural, 2003.

VÍDEOS

O que você acha?


Você pegaria?


O que é GEOBOX?

REALIZADORES

Gabriela Jardim Rocha e Maria Luiza R. R. C. Tavares.

Gaby e Lu para os amigos, parceiros, colegas.  

JARDIM e TAVARES para a Academia.

@gjardimr e @mluiza para os twitteiros de plantão.

Uma jornalista e uma publicitária.

Duas amigas.

Um encontro no curso de especialização em Mídias Digitais e a descoberta de inúmeros interesses em comum.

Interesses e vontades.

Vontades e disposição.

Disposição que se tranformou, se tranforma e se tranformará em muitos projetos e sonhos.

Projetos como o GEOBOX.

SOBRE

GEOBOX é um projeto de arte digital que busca desenvolver o conceito de cibernarrativa, através de uma aplicação prática, atrelado ao conceito de mídias locativas e à cidade como um espaço de dados, nem sempre visível, mas que nos influencia a todo momento. GEOBOX é um convite e uma provocação relacionados à experiência do fluxo no espaço das cidades e aos potenciais que esse fluxo guarda. Seja bem-vindo!